segunda-feira, 14 de agosto de 2017

ITAJAÍ INICIA ESTUDO DE REVISÃO DO TRANSPORTE PÚBLICO

14/08/2017 - Folha do Litoral


Hoje (14) será dado mais um importante passo para construção do novo transporte público de Itajaí. O Laboratório de Transporte e Logística (LabTrans) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) inicia os trabalhos para elaboração do estudo de reestruturação do atual sistema coletivo. Os resultados serão modernização viária, definição do modelo de transporte público e contratação definitiva da nova concessionária. Serão 15 meses de levantamento de dados, pesquisa de campo e conversas com a comunidade para desenvolver, pela primeira vez, um trabalho técnico e especializado sobre o transporte público. Cerca de 25 profissionais da universidade federal estarão envolvidos no estudo. Ao longo desse período, a LabTrans já entregará resultados, sendo que o produto final será a conclusão de todos os documentos necessários para abertura do processo licitatório. O prefeito Volnei Morastoni destaca que o transporte público é um serviço essencial e que a população precisar estar satisfeita. “O modelo antigo de transporte público já está vencido, obsoleto. Quais são as mudanças que a cidade precisa fazer no sistema viário para que possamos ter um novo sistema e atrair novos usuários ao transporte público?”, comenta o prefeito Volnei Morastoni. Com o estudo da LabTrans, um novo cenário que deverá atrair novos usuários, reorganizar o trânsito e contribuir com a melhora da qualidade de vida da população. O objetivo é que o sistema se torne viável economicamente, sustentável e de boa qualidade para os usuários “Faremos todo o levantamento dos custos operacionais e tarifários, criação de sistemas inteligentes de transporte e georreferenciamento de dados. É uma revisão minuciosa da atual operação do transporte coletivo e a proposta de um novo modelo para licitação”, detalha o coordenador do estudo, Rodolfo Nicolazzi Phillipi, professor da UFSC. A partir das diretrizes do estudo técnico, a LabTrans entregará o edital de licitação para contratação da concessionária do transporte público. A expectativa é que Itajaí se torne referência para todo o Estado. A contratação da LabTrans é uma parceria com a Fundação de Pesquisas Socioeconômicas (Fepesi). O laboratório é referência na realização de estudos e projetos nas áreas de logística e transportes, especialmente no planejamento, organização e operação de sistemas de transporte. A LabTrans temforte atuação em governos municipais, estaduais e federal.

domingo, 2 de julho de 2017

Em Blumenau, começam a circular 104 ônibus da nova concessionária

01/07/2017 - G1 SC

Blumob assinou contrato com a prefeitura para operar transporte público na cidade por 20 anos.

Por RBS TV

A partir deste sábado (1º), tarifa passou a custar R$ 3,90 (Foto: Reprodução/RBS TV)
A partir deste sábado (1º), tarifa passou a custar R$ 3,90 (Foto: Reprodução/RBS TV)

Começaram a circular neste sábado (1º) em Blumenau, no Vale do Itajaí, 104 ônibus da Blumob, concessionária de transporte coletivo da cidade. A empresa assinou contrato com a prefeitura para operar o serviço pelos próximos 20 anos. Nas primeiras semanas, esses ônibus vão dividir espaço com os 142 veículos brancos mais antigos.

Em janeiro deste ano, a Prefeitura de Blumenau anunciou o rompimento com o Consórcio Siga, que operava o transporte coletivo. O município chegou a ficar sem o serviço até que um sistema emergencial começasse.

Em fevereiro, a própria Blumob, também conhecida como Viação Piracicabana, operou o transporte em caráter emergencial. De acordo com o contrato de concessão, assinado em abril, a empresa tem três anos para substituir os veículos mais antigos, pelo menos um terço por ano, segundo a prefeitura.

Tarifa, cartões e horários

Desde 0h deste sábado, os passageiros começaram a pagar a tarifa mais cara, de R$ 3,90. A prefeitura informou que os usuários podem usar seus cartões normalmente nos novos ônibus e o saldo de créditos existente vale para esses veículos.

Os horários do transporte coletivo não mudam e podem ser acessados no site da prefeitura.

Todos os novos ônibus têm acessibilidade, acesso gratuito à internet via wi-fi e tomadas para carregar aparelhos eletrônicos portáteis.

quarta-feira, 14 de junho de 2017

Novos ônibus troncais de Blumenau já estão prontos

14/06/2017 - Farol Blumenau

A nova empresa de transporte coletivo de Blumenau, a BluMob, está começando a receber os novos ônibus. Ontem anunciamos a chegada de alguns micro-ônibus a cidade, veículos utilizados nas linhas de difícil acesso.

A informação divulgada nesta terça-feira pelo criador da página Ônibus, minha segunda casa, Estevão Emilio Ronchi, é que unidades dos maiores veículos, com terceiro eixo direcional, já estão prontos e devem chegar nas próximas semanas.

Os veículos vão cumprir o papel dos articulados que eram utilizados pelo Consórcio Siga. A estimativa de capacidade é de cerca de 110 pessoas, contra 150 dos antigos ônibus pesados. Este tipo de veículo não era permitido no contrato anterior e a informação dos bastidores é que foi uma exigência da nova empresa.

Quer saber mais sobre a nova frota? Conheça detalhes sobre os novos ônibus.

FOTOS:

domingo, 11 de junho de 2017

Ineficiência e demora: os nós do transporte coletivo de Florianópolis

10/06/2017 -  Notícias do Dia

ND embarcou no transporte coletivo para entender os problemas do sistema a partir do usuário

FÁBIO BISPO 

Lilian Cantarelli, 38, apressa o fechamento dos trabalhos para sair dez minutos antes na empresa de tecnologia onde é secretária, no Corporate Park, em Santo Antônio de Lisboa. Esse é o tempo calculado para pegar o ônibus de 16h55, e que economizará até 30 minutos no final da viagem de volta para casa até Ponta das Canas. Ela vai chegar por volta das 18h se tiver sorte de conseguir fazer a integração imediata quando chegar ao Tican (Terminal de Integração de Canasvieiras). Se tiver muito mais sorte conseguirá completar o trecho sentada — o que raramente ocorre.

Do outro lado da cidade, no Campeche, Gabriel Meireles, 35, acorda às 9h. Até pegar o ônibus das 10h, passar pelo Ticen (Terminal de Integração do Centro) e descer na Trindade, onde trabalha como gerente de loja no Mercado São Jorge, serão 11h. De carro, o trajeto de 11,4 km levou 19m53s para ser percorrido. Mas de ônibus a viagem ficou mais longa, quase o dobro do trajeto, 21 km, e demorou cinco vezes mais, 1h4min, para chegar ao mesmo lugar.

“É um sistema ruim, tem poucos horários e é muito demorado para se chegar ao destino”, arrisca uma opinião Gabriel Meireles sobre o sistema de transporte que conhece há pouco mais de três anos, quando trocou Rio Grande (RS) por Florianópolis. Lilian ataca a falta de gestão: “Nós deveríamos convidar o prefeito e as pessoas que pensam o transporte a andar de ônibus”.


A situação pode ser pior ainda para quem mora ou trabalha na Região Metropolitana. “Eu normalmente vou de São José para a Lagoa. Como não existe integração, tenho que ter dois cartões, descer no terminal e pagar outra passagem para seguir viagem. Essa falta de integração é muito ruim, além do preço alto que pagamos por um serviço que não é bom”, emenda Samela Mayara Florença de Melo, 20, que mora em São José.

O principal critério para medir a eficiência da mobilidade urbana das cidades é o tempo de deslocamento entre um ponto e outro. Corredores exclusivos, tarifas baixas e sistemas mais abrangentes de integração, normalmente, facilitam a melhora desses índices. Mas é justamente a falta desses critérios que atrapalha a mobilidade em toda a Grande Florianópolis, segundo especialistas. Em 2006, um estudo publicado pelo pesquisador Valério Medeiros, da UNB (Universidade de Brasília), apontou que Florianópolis tinha o segundo pior índice de mobilidade do mundo e o deslocamento mais complicado entre 21 das principais capitais brasileiras.

Mais de dez anos após a publicação do estudo, pouca coisa mudou. Na prática, o número de usuários do transporte coletivo diminuiu e o número de carros nas ruas aumentou. A licitação de 2014, que prometia melhora no serviço, também não obteve avanços significativos. Manteve o controle do sistema com as mesmas cinco empresas que operam desde 1926, quando começaram a circular os primeiros ônibus com a inauguração da ponte Hercílio Luz.

Em janeiro deste ano, o TCE (Tribunal de Contas do Estado) voltou a censurar a Prefeitura de Florianópolis apontando falhas na execução do serviço de transporte público, como a falta de integração com os demais municípios, necessidade de revisão de tarifa por distância percorrida, renovação de frota e revisão da remuneração da empresa que administra os terminais. Os mesmos apontamentos já haviam sido endereçados ao ex-prefeito Cesar Souza Júnior (PSD). Recomendações semelhantes também foram feitas ao ao Deter (Departamento Estadual de Transportes e Terminais), exigindo licitação para o transporte na região metropolitana e que está em fase de discussão, mas com resistência para adesão de Florianópolis.

Um terminal no meio do caminho

O deslocamento dos bairros para o Centro de Florianópolis por meio do transporte coletivo pode significar uma verdadeira epopeia, principalmente se o passageiro vier do Norte ou Sul da Ilha em horários de pico. É o que ocorre todos os dias com quem trafega nos ônibus que saem dos Ingleses, Praia Brava, Rio Tavares, Campeche, entre tantos outros destinos. Por mais que em determinados horários praticamente toda a lotação desembarque no Ticen (Terminal de Integração do Centro), os passageiros são obrigados a desembarcar nos terminais de integração para pegar outro ônibus.

A reação não poderia ser diferente: “Eu acho que tem que ter a questão da integração de quem vai de um bairro para o outro, mas por exemplo, quem vai para o Centro poderia ter mais ofertas de ônibus diretos”, diz Lilian Cantarelli.

Estudos do Plamus (Plano de Mobilidade Urbana Social) apontam que o principal destino das viagens é o Ticen, sendo que 60% das viagens de trabalho que saem do Continente são para a Ilha de Santa Catarina. No entanto, do Terminal Central muitas pessoas seguem o restante do trajeto a pé, caminhando entre 800 até 2.000 metros devido a falta de mobilidade na região central.

“A oferta de ônibus na Mauro Ramos é enorme, no entanto verificamos muitas pessoas que vão até o Instituto Federal de Educação, ao Hospital Celso Ramos, ao Beiramar Shopping e até a pé por causa da falta de integração”, aponta o professor Werner Kraus, do Departamento de Automação e Sistemas [DAS-UFSC] e coordenador do Observatório da Mobilidade Urbana da Universidade Federal de Santa Catarina.

Não existem linhas diretas de São José, Biguaçu ou Palhoça para os bairros de Florianópolis, e todo esse fluxo acaba passando obrigatoriamente pelo Ticen, onde também é preciso pagar nova tarifa para seguir viagem. Atualmente, 280 mil passageiros circulam mensalmente pelo Terminal Central, e 5,1 milhão em todo o sistema de transporte da Capital.

Direito de ir e vir com hora marcada

Se não bastassem as dificuldades enfrentadas para ir e vir do trabalho, os problemas do transporte coletivo de Florianópolis se agravam quando se fala em oferta de transporte nos fins de semana ou fora dos horários de pico.

“Parece que o cidadão não tem direito de assistir a um show, uma peça de teatro ou até mesmo ao estádio de futebol porque simplesmente não tem ônibus para voltar. Como não tenho carro e não tenho transporte, muitas vezes acabo não podendo ir a lugar algum”, reclama Kelton Luiz da Silva, 34.

A falta de transporte em horários alternativos é outro problema registrado pelos usuários na cidade que tem como um dos principais carros chefes da economia justamente o turismo. Nos dias de semana, os horários regulares para os bairros encerram entre 23h e meia noite. Nos fins de semana as limitações são ainda maiores.

“No verão você não consegue pegar um ônibus sem parecer que está dentro de uma lata de sardinha, e nos fins de semana não consegue sair de casa porque simplesmente não tem ônibus”, dispara a estudante Maria Gabriela Sá, 17, moradora do Campeche.

Integração metropolitana e corredores

A solução para o transporte público da Grande Florianópolis seria a integração completa de modais e sistemas em toda a região. É o que aponta o professor Werner Kraus, coordenador do Observatório da Mobilidade Urbana da Universidade Federal de Santa Catarina, e o que também prevê o Plamus (Plano de Mobilidade Urbana Social), concluído entre 2013 e 2014. Segundo o professor, o tempo de deslocamento do usuário do transporte coletivo implica diretamente na qualidade da mobilidade nas cidades. Como exemplo clássico ele aponta a situação das pontes de acesso à Ilha de Santa Catarina e afirma que a solução para o transporte da região passaria pela criação de corredores exclusivos, aumento dos subsídios e capacidade do sistema ser mais atrativo que o automóvel.

“A história da mobilidade de Florianópolis vem de um crescimento vegetativo que nunca priorizou o transporte coletivo. Nunca se pensou em corredor exclusivo ou vias preferenciais”, aponta Werner Kraus. Segundo o professor, o funcionamento do sistema atual enfrenta uma série de falhas que passam principalmente pela dificuldade em se aplicar políticas de mobilidade urbana.

“Não faz sentido um ônibus sair dos Ingleses, lotado, onde a maioria têm destino ao centro passar pelo Terminal de Canasvieiras” afirma. As intenções do município em construir um corredor de ônibus exclusivo são animadoras e segundo o professor são mais eficazes que soluções como o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos). “Por um corredor de ônibus passam muitas linhas de várias origens. Um trem não, ele não tem essa mobilidade que a cidade precisa”.

O professor aponta que ao redor do mundo a mobilidade está ligada diretamente ao desenvolvimento econômico e social das cidades. “Nos países europeus, por exemplo, o subsídio do sistema chega a 50%, e isso é simples de entender, é uma questão de sobrevivência econômica. Sem isso, a vida econômica seria inviável”, explica Kraus.

Isso explica, por exemplo, o porquê de 60% das viagens de trabalho da região continental se dirigirem à Capital, onde além das principais oportunidades de trabalho também estão sedes de órgãos públicos, principais pontos de serviços do Estado e opções de lazer.

Principal meio de deslocamento utilizado na região metropolitana


Mobilidade na Região Metropolitana

TCE determina plano de estudos para o transporte

Em janeiro deste ano, o TCE (Tribunal de Contas do Estado) determinou que o município de Florianópolis apresentasse até o mês de maio estudos para implantação de uma série de melhorias no serviço de transporte coletivo da cidade. Os apontamentos fazem parte de auditoria concluída pelo Tribunal em 2014 onde são feitas 14 determinações e recomendações.

O TCE cobra do município, por exemplo, a implantação de sistema capaz de integrar diferentes modais —bicicleta, carro, transporte aquático —, bem como articular com os demais municípios a integração do transporte público na região metropolitana. Também sugere desconto na compra de créditos para o transporte antecipado, renovação da frota, além de uma revisão completa na forma de remuneração da administradora de terminais na cidade.

Segundo auditoria do TCE, a TIR (Taxa Interna de Retorno) da Cotisa (Companhia Operadora de Terminais), fixada em 32%, estaria acima dos valores esperados para o setor, influenciando diretamente no preço da passagem. A Cotisa já se manifestou que os percentuais não são aplicados na prática.


Atualmente, a tarifa de ônibus em Florianópolis é composta pelo custo do transporte (Consórcio Fênix) mais o custo dos terminais (Cotisa). Enquanto nos custos do transporte estão inclusos preço do combustível, frota, mão de obra e variação do IGP (Índice Geral de Preços), nos custos dos terminais está incluso a TU (Taxa de Utilização), fixada em R$ 4,45 cada vez que um ônibus chega e parte dos terminais. Segundo o TCE, a empresa que administra os terminais estaria tendo um lucro acima do esperado para o setor.

Prefeitura promete investimento pesado em mobilidade

O secretário da Mobilidade Urbana de Florianópolis, Marcelo Roberto da Silva, não tem dúvidas que a saída seja o investimento no transporte coletivo. No entanto, reconhece que pode haver dificuldades para o município aderir a um possível sistema integrado da região metropolitana. Em contrapartida, a nova administração anuncia investimentos da ordem de R$ 490 milhões para a construção do anel viário em torno da região central e investimentos em melhorias nas regiões Norte e Sul da cidade.

O município ainda não se manifestou oficialmente sobre as determinações e recomendações do TCE, mas afirma que os novos projetos previstos pela administração darão conta de suprir as deficiências apontadas pelas auditorias.

“Estamos encerrando nossos estudos para responder ao Tribunal, colocando nossos projetos, e claro, quando se constrói o corredor e se coloca o ônibus no corredor se tem uma redução de custos. Eu acredito que nos próximos quatro anos teremos uma mudança significativa na mobilidade urbana de Florianópolis”, afirmou Marcelo Silva.

O secretário ainda aponta que o atual contrato com o Consórcio Fênix prevê revisão a cada quatro anos, sendo a primeira revisão prevista para 2018. “Esse contrato foi aprovado pelo Tribunal de Contas e agora o que temos é a revisão anual e o reajuste. Na revisão nós temos indicadores de desempenho, que são de 98%, caso isso não seja atingido cabe multa e sansões à concessionária”, explica.

Sobre o município não integrar imediatamente as discussão para construção do sistema integrado na região, o secretário disse que o edital de 2014 assegurou o serviço por 20 anos ao Consórcio Fênix. “Qual a segurança jurídica que uma empresa terá em investir, se depois ela não estiver presente em um processo de integração? Essas questões são importantes”, concluiu.

Veículos que saem da região com direção a Florianópolis:

40% de Palhoça

15% de Biguaçu

30% de São José

15% demais cidades

Consórcio Fênix aguarda estudos sobre região metropolitana

Por meio de assessoria de imprensa, o Consórcio Fênix disse que aguarda definição por parte dos órgãos públicos para estudo e definição das integrações com demais sistemas da região metropolitana. A empresa também afirmou que já mantém política de descontos para aquisição de compra antecipada e a renovação de veículos antigos por novos atende às diretrizes do contrato assinado com o município. Também cita que 70% dos veículos possuem plataforma elevatória de acessibilidade.

Atores do sistema de transporte

Cotisa

Firmado em 2000, com prazo de 20 anos, o contrato com a Cotisa prevê a construção e manutenção dos terminais de integração. A companhia investiu R$ 15 milhões para construção dos terminais, com o compromisso de reaver este investimento através da TIR (Taxa Interna de Retorno). Entre os valores que compõem o custo da passagem, está, por exemplo, o retorno do investimento da construção do terminal do Saco dos Limões, que custou R$ 912 mil na época, que é pago pelo passageiro cada vez que a catraca gira mesmo a estrutura estando desativada do sistema integrado de transporte.

Fênix

Consórcio formado pelas empresas Canasvieiras, Enflotur, Estrela, Insular e Transol. As mesmas empresas operavam o serviço antes de 2014, quando se juntaram para participar da primeira licitação do transporte coletivo de Florianópolis.

Prefeitura de Florianópolis

Município é responsável pela concessão e fiscalização do serviço. Fica a cargo da prefeitura, por exemplo, cobrar o cumprimento do contrato firmado com a empresa de transporte, apresentar novas demandas e penalizar nos casos de descumprimentos.

TCE

Entre 2013 e 2014 Tribunal de Contas emitiu relatórios endereçados à Prefeitura de Florianópolis e Deter cobrando soluções para o transporte público na região metropolitana.

Plamus

Plano de Mobilidade Urbana Sustentável financiado pelo governo do Estado apontou que a solução para a mobilidade urbana na região deverá passar pela promoção do crescimento urbano de forma que os bairros sejam estruturados pela disponibilidade de transporte coletivo e de modais de transporte não-motorizados. O Plano defende um sistema integrado entre os municípios da região entre si e com a Ilha de Santa Catarina.


segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Pancho: Queda no número de passageiros em ônibus de Blumenau é três vezes maior que no Brasil

18/02/2017- Diário Catarinense

Por PANCHO

Pancho: Queda no número de passageiros em ônibus de Blumenau é três vezes maior que no Brasil Mariana Furlan / Agência RBS/Agência RBS

Pancho: Queda no número de passageiros em ônibus de Blumenau é três vezes maior que no Brasil Mariana Furlan / Agência RBS/Agência RBS
De 119 mil passageiros por dia em 2014, número passou para 88 mil em 2016
Foto: Mariana Furlan / Agência RBS / Agência RBS


Nos últimos dois anos Blumenau testemunhou uma diminuição brusca na quantidade de pessoas que usam ônibus para os deslocamentos diários. Em 2014 a média de viagens por dia era de 119 mil. Esse número caiu para 107 mil em 2015, queda de 10%, e para 88 mil em 2016, menos 17,7%.

No total, de 2014 para 2016 o número de viagens caiu 26% na cidade, índice bem maior que o registrado no Brasil. De acordo com o presidente do Serviço Autônomo Municipal de Trânsito e Transporte de Blumenau (Seterb), Carlos Lange, em todo o país essa redução foi de 9% no mesmo período.

A explicação parece óbvia. Em 2015 sofremos como nunca com o último ano de operação do Consórcio Siga. As inúmeras paralisações no segundo semestre por si só já contribuem para a estatística, mas a falta de confiança do usuário na eficiência do sistema foi comprometida.

No ano passado mais um traumático capítulo neste período de transição. Com o início da prestação de serviço em regime de urgência, a Viação Piracicabana trouxe ônibus em condições deprimentes e, até a empresa se adequar ao sistema, vários problemas como atrasos e falta de ônibus foram registrados, principalmente no primeiro mês de operação. Com isso, a confiança recebeu outro golpe.

Operação regular deve frear queda

A esperança na inversão dos números está depositada no início da operação da Viação Piracicabana como empresa oficial do transporte coletivo da cidade, o que está previsto para ocorrer até junho, já que o processo de homologação da empresa, única participante da licitação, está em fase final. Lange diz que a exigência de ônibus novos, com mais comodidades, deve fazer com que o blumenauense que deixou de usar o transporte coletivo nesses dois últimos anos volte ao sistema gradativamente.

Outro aspecto que deve ajudar na recuperação dos passageiros, na avaliação de Lange, é o fato da cidade não ter sofrido tanto como o restante do país nesta recessão econômica, mantendo índices de desemprego menores que a média.

Recuperar antigos e conquistar novos

É bem provável que o Seterb aproveite o retorno do transporte coletivo em regime regular para lançar alguma campanha que ajude a incentivar o uso dos ônibus na cidade. Além de enaltecer as novas características da operação, dará dicas de como o passageiro pode contribuir para que as viagens sejam mais confortáveis, seguras e tranquilas.

Essa ação deveria ser constante e poderia ser cobrada da permissionária. A preocupação deveria estar não só na recuperação da confiança por quem abandonou o sistema, mas também na conquista de novos usuários. Gente que poderia deixar o carro ou a moto em casa sem comprometer o bolso, a agenda e bem-estar.

domingo, 12 de fevereiro de 2017

Novos ônibus Neobus Mega Plus entram em operação na Viação Canarinho

11/02/2017 - Bonde News

Veículos começaram a ser utilizados no transporte da cidade de Jaraguá do Sul 

A Neobus forneceu 25 ônibus Mega Plus para a Viação Canarinho, operador de transporte urbano de Jaraguá do Sul, em Santa Catarina. Os veículos entraram em operação no final de janeiro e foram adquiridos dentro do processo de renovação de frota da empresa. 

O ônibus Mega Plus se destaca pela extrema robustez e por ter a maior largura entre os urbanos do mercado nacional. Com mais espaço interno para os passageiros, econômico e com desenho moderno, o veículo foi projetado para também oferecer maior eficiência e rentabilidade ao operador.

Equipado com chassi Volkswagen 15.190 OD Euro V, com 11.200 mm de comprimento total, o Mega Plus conta com itinerário eletrônico, sistema multiplex, monitoramento com três câmeras, iluminação interna e externa em LED, além de oferecer ao motorista maior ergonomia e conforto para melhor condução. 

Fundada em 1970 em Jaraguá do Sul, Santa Catarina, a Viação Canarinho é a primeira empresa jaraguaense de transporte coletivo de passageiros. Em 2009, implantou um dos mais modernos sistemas de arrecadação eletrônica do Brasil, proporcionando benefícios à população. Atualmente, possui frota de cerca de 220 veículos, com ônibus urbanos, todos com total acessibilidade e dentro das exigências da lei, além de modelos de turismo e micro-ônibus.

Quem escreve esta coluna?

Carlos Alberto Bellinaso
Pintor, radialista, escritor, ator, jornalista, poeta, publicitário. Este é Carlos Alberto Bellinaso, 46 anos. Já atuou como gerente da Rádio 105 FM; gerente comercial da RBS TV SMA; executivo da RBS TV-Uruguaiana; gerente geral de O Estado do Paraná e Tribuna do Paraná; Gerente Regional da Folha de Londrina e Folha de Negócios e gerente Regional da Gazeta Mercantil-RS. Diretor comercial do jornal A Razão, ministra cursos de Vendas, Marketing e Gestão de jornal, rádio e tevê.

terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Pacto Pela Mobilidade Urbana na Capital não vale mais nada

30/01/2017 - Notícias do Dia 

Portarias do Ministério das Cidades, ocupado pelo PSDB, anularam contratos assinados em 2014 pela presidente Dilma

CARLOS DAMIÃO 

Assinado em 2014 pela presidente Dilma, durante visita a Florianópolis, o Pacto pela Mobilidade foi cancelado pelo governo federal em duas portarias publicadas pelo Ministério das Cidades (632 e 633), no Diário Oficial da União de 30 de dezembro de 2016. No total, o pacto previa a aplicação de R$ 412 milhões em obras fundamentais para a mobilidade urbana da Capital, três corredores exclusivos de ônibus, nove corredores alimentadores, cinco terminais e um centro de controle de tráfego. O contrato incluía, por exemplo, a duplicação da Rua Deputado Antônio Edu Vieira e duplicação de um trecho da Beira-Mar Norte, próximo ao Palácio da Agronômica. 

"O Pacto pela Mobilidade Urbana visa a promover, por meio da ação coordenada das três esferas de governo, o acesso amplo e democrático às oportunidades que as cidades oferecem para aumento da participação do transporte público e do transporte não motorizado no conjunto de deslocamentos da população", assim se definia o projeto do Ministério das Cidades, derrubado pelas portarias de dezembro. Do valor total, metade viria do governo federal e a outra metade seria proveniente de financiamento.

As portarias anularam os seguintes contratos, entre outros:
- Atracadouro para o transporte público
- Corredor Continental Sul-Norte e Alimentadores
- Corredor Insular Leste e Alimentadores
- Projeto do Corredor Continental Norte
- Projetos de Elevadores e Funiculares
- Terminais do Corredor Insular Sul
- Vias Alimentadoras do Corredor Insular Norte

O prefeito Gean Loureiro pertence ao mesmo partido do presidente da República, Michel Temer, o PMDB. O ministro das Cidades, Bruno Araújo, é do PSDB, partido do vice-prefeito de Florianópolis, João Batista Nunes.